Gestor sénior de Sustentabilidade Social e Ambiental da UEFA partilhou painel com Teresa Santos, Diretora de Sustentabilidade da Fundação FC Porto, e Ana Casaca, Diretora de inovação da Galp
A sustentabilidade é, atualmente, um dos grandes desafios e responsabilidades do futebol moderno. O papel das instituições desportivas na construção de um futuro mais responsável, como força motriz para a transição energética, a inovação e o impacto social positivo foi o mote da conversa moderada por Luís Estrela, Coordenador da Fundação FPF, com Hugo Viseu, Gestor sénior de Sustentatibilidade Social e Ambiental da UEFA, Teresa Santos, Diretora de Sustentabilidade da Fundação FC Porto, e Ana Casaca, Diretora de Inovação da Galp.
“A UEFA criou uma estratégia de sustentabilidade até 2030. Queremos dinamizar o sector da sustentabilidade, juntar mais stakeholders na nossa caminhada. Estamos a meio da nossa estratégia (2021 a 2030) e a prioridade é aumentar o alcance das nossas iniciativas. Já temos as ferramentas certas, queremos trazer mais federações e clubes”, começou por dizer Hugo Viseu, para quem a sustentabilidade “é um setor muito dinâmico”.
Para Teresa Santos, é “fundamental integrar objetivos” neste mapa para um mundo melhor: “A nossa estratégia tem quatro pilares: pessoas, planeta, prosperidade e parcerias. A ideia é dar baby steps (passos de bébé), mais vale dar pequenos passos, consistentes com a nossa estratégia, do que fazer uma ação só por fazer. A Sustentabilidade deve ser algo que os clubes devem apostar”.
“A GALP tem feito um caminho gigante na transformação e na caminhada de procurar soluções de baixo carbono. O futebol é das plataformas com maior capacidade de mobilizar pessoas. Ao nos associarmos ao ,futebol queremos dar voz à transição energética e relembrar que cada escolha que fazemos pode ter impacto nessa transição”, afirmou Ana Casaca.
Observando que “na sustentabilidade os clubes não têm de ser rivais”, Hugo Viseu admitiu que gostaria de ver “melhorias incrementais” e que "todos caminhassem na mesma direção”: “Gostaria de ver todos os clubes e federações com um programa de sustentabilidade.”
Teresa Santos explicou que, no FC Porto, muitos dos projetos “começam em testes piloto” que permitem perceber como promover a sustentabilidade: “Também fomentamos parcerias com outras entidades que nos permitam ser inovadores no mundo do futebol. Temos um grande objetivo: atingir a neutralidade carbónica em 2030. Gostaria também que conseguíssemos mudar o comportamento dos adeptos de uma forma positiva”.
Ana Casaca referiu que gostaria de, dentro cinco ou dez anos, entrar num estádio “com energia neutral ou negativa de carbono”: “Todos temos de ser conscientes no consumo de energia. Os objetivos da neutralidade carbónica devem ir além dos estádios de futebol. Os adeptos também podem ter um papel importante para a sustentabilidade”.