Seleção A

Nove anos da maior epopeia do futebol português

Seleção A

Portugal sagrou-se campeão europeu neste dia, em 2016.

Há datas marcantes na vida de uma pessoa. Datas em que sabemos onde estávamos, o que estávamos a fazer e com quem estávamos em determinado momento. No entanto, essas datas ganham ainda mais magia quando são relembradas por bons motivos e, ainda para mais, quando praticamente todos os portugueses tem esse momento também bem vívido na sua memória. 

No dia 10 de julho de 2016, há dois momentos particularmente memoráveis. O primeiro aconteceu quando decorria o minuto 109 da final do Campeonato da Europa, no Stade de France. João Moutinho encontrou Éder, com um passe vertical. O atacante recebeu o esférico, aguentou a pressão de um adversário enquanto se centrava com a baliza adversária e, do 'meio da rua', não se fez rogado e arriscou o remate. A bola saiu rasteira mas colocada, impossibilitando que Lloris fosse incapaz de evitar o golo mais importante da História do futebol português. 

O outro momento memorável aconteceu cerca de quinze (longos) minutos depois. Tão longos que pareceram uma eternidade. Quinze minutos que exigiram, da parte dos portugueses, muita crença e coração para aguentar o sofrimento. Aos onze que estavam dentro de campo, além de tudo isso, foi-lhes exigida uma enorme capacidade de sacrifício e coragem em aguentar a pressão de uma equipa que jogava em casa e que contava, no seu plantel, com um poderio e qualidade inquestionáveis.

Esse momento faz, esta quinta-feira, nove anos. Passem os anos que passarem, será sempre um dia gravado a letras douradas na História do futebol português e do desporto nacional. No momento do remate de Éder, não estava apenas a vontade de um jogador em marcar um golo. Estava um país inteiro unido a 'empurrar' a bola para a baliza, para poder finalmente soltar o festejo há tantos anos guardado. 

Os festejos da conquista do troféu arrancaram mal soou o apito final nas bancadas do Stade de France e perduraram durante dias, um pouco por todo o mundo. Onde houvesse um português, havia celebrações. Estava consumado um feito inédito, histórico e brilhante para o desporto nacional.

No regresso a Portugal, o avião que transportava a comitiva lusa foi escoltado por "caças" da Força Aérea. Assim que aterraram, a euforia continuou a fazer-se sentir nos muitos portugueses que encheram as ruas, com o intuito de aclamarem os novos Heróis do Mar e celebrarem com eles esta conquista. Cada um deles tinha inscrito o seu nome de forma indelével na História. Foram os primeiros a consegui-lo. Ousaram fazer o que nunca outrora tinha sido feito e conseguiram-no de forma épica e brilhante.  

A festa culminou na Alameda, onde foram cumpridas honras de Estado. O Hino Nacional voltou ser entoado bem alto, cantado em uníssono por milhares de pessoas, num momento absolutamente arrepiante.

Estava cumprido o sonho de muitos portugueses apaixonados por futebol. Há nove anos levantou-se o esplendor de Portugal!


;

Notícias