Vimaranenses marcaram primeiro, mas as lisboetas reagiram em força
O Benfica alcançou a primeiro trinfo da época e com o treinador Ivan Baptista, ao bater por 5-1 o Vitória de Guimarães, que fez a sua estreia na Liga BPI e até esteve em vantagem.
Um quarto de hora demolidor, no recomeço, traçou o destino do encontro. Logo aos 46’, Rakel Engsvik aproveitou uma bola amortecida pela central vimaranense Dária Kaminska, após cruzamento rasteiro de Chandra Davidson, para colocar as encarnadas pela primeira vez em vantagem nesta edição da Liga BPI e bastou mais um minuto (56’ e 57’) para resolver a partida. Primeiro foi Caroline Moller (56’) a rematar cruzado, aproveitando um cruzamento imediato de Catarina Amado, que recuperou a bola na intermediária. Pouco depois (57’), novo lançamento primoroso de Amado deixou Beatriz Cameirão na cara de Adriana Rocha e a centro-campista não perdoou.

O quinto golo do encarnado surgiu numa altura (71’, por insistência de Chandra Davidson) em que o Vitória já não tinha qualquer capacidade para incomodar as pentacampeãs.
Aliás, o Benfica começou o jogo demonstrando clara supremacia. Beatriz Cameirão esteve perto de fazer o primeiro golo encarnado (10’), na transformação de um livre direto junto à linha lateral, levando a bola a embater na face interior do poste mais distante. Mas foi o Vitória que, à primeira oportunidade, aproveitou um pontapé de canto batido por Marta Gago para, com um cabeceamento ao 1.º poste de Dária Kaminska, se estrear a marcar na Liga BPI.

Reagindo com a naturalidade esperada, o Benfica chegou à igualdade (28’) também na transformação de um pontapé de canto. Marit Lund cobrou, Chandra devolveu de cabeça e Carole Costa só teve de encostar, também de cabeça.
Antes, tanto Cristina Martín-Prieto (20’) como Caroline Moller (22’) tiveram boas ocasiões para marcar. E a dinamarquesa voltar a estar perto do golo (35’), chegando atrasada a um cruzamento venenoso de Chandra Davidson.

Os números finais não deixam que as campeãs do segundo escalão recordem este jogo com uma estreia de sonho, mas não deixou ser agradável ter estado em vantagem quase um quarto de hora e ter recolhido ao balneário empatadas com as pentacampeãs nacionais.

FICHA DE JOGO
Liga BPI
2.ª jornada
VITÓRIA SC 1-5 SL BENFICA
(1-1 ao intervalo)
Campo n.º 5 do Complexo Desportivo Dr. António Pimenta Machado
Árbitra: Patrícia Carneiro
Assistentes: Bebiana Soares e Sara Cunha
Quarta árbitra: Ana Afonso
VAR: Rui Soares.
AVAR: Luís Catita
VITÓRIA SC: Adriana Rocha; Dária Kaminska, Débora Maciel, Bárbara Azevedo (Maria Baleia, 67’), Betinha Silva [cap], Carolina Pocinho, Jaime Turrentine, Vanessa Marques (Sara Brasil, 67’), Mafalda Mariano (Joana Dantas, 67’), Irlanda Lopes (Maria Gaspar, 86’) e Marta Gago (Maria Salgado, 46’).
Suplentes não utilizadas: Inês Marques, Inês Azevedo, Joana Ribeiro e Patrícia Teixeira.
Treinador: Ivo Roque
Disciplina: nada a registar.
SL BENFICA: Lena Pauels; Marit Lund, Beatriz Cameirão (Anna Gasper, 65’), Cristina Martín-Prieto, Caroline Moller (Lara Martins, 73’), Letícia Almeida (Carolina Tristão, 78’), Carole Costa [cap], Christy Ucheibe, Rakel Engesvik (Diana Silva, 73’), Catarina Amado e Chandra Davidson (Neide Guedes, 73’).
Suplentes não utilizadas: Rute Costa, Salomé Prat, Lúcia Alves e Diana Gomes.
Treinador: Ivan Baptista
Disciplina: amarelo a Carole Costa (14’) e Neide Guedes (79’).
Golos: 1-0 Daria Kaminska (15’); 1-1 Carole Costa (28’); 1-2 Rakel Engesvik (46’); 1-3 Caroline Moller (56’); 1-4 Beatriz Cameirão (57’) 1-5 Chandra Davidson (71’).

MULHER DO JOGO
Chandra Davison (SL Benfica)
Uma Chandra muito intensa. A canadiana Chandra Davidson não saiu de campo (73’) sem ver premiada a sua impressionante intensidade com um golo (71’), obtido numa insistência (a dois remates intercetados), numa das poucas vezes em que surgiu no coração da área.
Foi sobretudo pela direita que Chandra deixa marcas no jogo, demolindo várias vezes a muralha do castelo de Guimarães. Fez a assistência para o primeiro golo (Carole Costa, 28’), o cruzamento para “virada” (de Rakel Engesvik, 46’) e ainda deixou muito espaço para Catarina Amado fazer as outras assistências (no 1-3 e no 1-4), antes de ela própria faturar e fechar a contagem.
