Diretor de Marketing da UEFA em sintonia com Fábio Medeiros e Caroline Buckland sobre o papel do novo adepto no ‘novo’ desporto
Afinal, o que move os fãs do futuro? Numa conversa moderada por Luís Vicente, Chairman da APEX, com a participação de Guy-Laurent Epstein, diretor de Marketing da UEFA, Fábio Medeiros, Managing Partner da LiveMode, e Caroline Buckland, Group Director of Growth Marketing da Oracle Red Bull Racing, todos chegaram à mesma conclusão: os adeptos querem fazer parte de uma comunidade, querem sentir-se integrados em algo.
“Os fãs querem fazer parte de uma comunidade, do entretenimento. Querem fazer parte do que está a acontecer. No meu tempo de jovem era difícil encontrar opções, agora há demasiadas. Temos de conseguir uma conexão com os fãs”, afirmou Fábio Medeiros, secundado por Guy-Laurent Epstein: “Tentamos fazer com que as grandes competições estejam nos media para que os adeptos possam participar mais. Temos de avançar no sentido da distribuição universal dos conteúdos desportivos e não só. Penso que esse é o futuro. É fundamental conhecer melhor os adeptos. O mundo é cada vez mais digital, interagir com o fã é essencial.”
Caroline Buckland falou de uma realidade que bem conhece, a Fórmula 1: “É uma atividade muito exigente. Há a Fórmula 1 e a Red Bull Racing também participa em vários outros eventos. Existem ocasiões em que se tocam claro. Tentamos chegar aos jovens que gostam de desporto motorizado. Há adeptos que se preocupam apenas com o vencer, mas a mentalidade está a mudar aos poucos. Os fãs querem atividades e estar envolvidos numa comunidade. Estão mais interessados na narrativa, não apenas no desporto, e nas personagens envolvidos. O paddock é um dos palcos essenciais na Fórmula 1, por exemplo. Queremos que os adeptos vejam o que se passa nos bastidores e não apenas na pista. Não se trata só de vencer, temos de oferecer um pouco mais às nossas audiências. No passado a audiência era mais masculina, agora essa tendência não se manifesta tanto. Não temos de saber sobre a estratégia da mudança de pneus num Grande Prémio, por exemplo. Temos muita sorte em ter a Oracle como parceiro. Temos um programa de lealdade com os fãs. Transformar a experiência num jogo. Nível de gratificação pelo tempo que os fãs passam connosco. Tentamos saber o que os fãs gostam, isso é muito importante.”