Internacionais portuguesas participaram no “Linha da Vida”, jogo da Helpo que expõe desigualdades de género em Moçambique e Angola.
A Fundação da Federação Portuguesa de Futebol e a ONGD Helpo promoveram, na Cidade do Futebol, uma sessão especial do jogo “Linha da Vida”. A iniciativa reuniu as internacionais Dolores Silva, Fátima Pinto, Lúcia Alves, Carolina Correia e Maria Alagoa, e os membros do Conselho de Administração da Fundação FPF, os antigos internacionais Beto Pimparel e Nelson Pereira, para sensibilizar sobre as discriminações de gênero enfrentadas por meninas em Moçambique e Angola.
Num formato dinâmico e simbólico, as Navegadoras trocaram o relvado por um tabuleiro gigante, onde avançaram, recuaram ou ficaram retidas perante desafios inspirados em realidades como gravidez precoce, casamento prematuro, tarefas domésticas excessivas ou dificuldades económicas.

Conduzido por Sílvia Alberto, o jogo ilustrou o impacto que o género e o contexto social têm na continuidade escolar e nas oportunidades futuras das estudantes. Entre os presentes estiveram representantes institucionais e entidades parceiras, incluindo Eduarda Capitão, Mafalda Oliveira, Isabel Cruz, Joana Clemente, Luís Estrela e Matilde Fidalgo.
Inspirado no tradicional Jogo da Glória, o “Linha da Vida” foi criado no âmbito do projeto Marias Meninas, promovido pela Helpo e pela FEC – Fundação Fé e Cooperação, em parceria com o CEI-ISCTE e o CESC. A versão gigante e a edição escolar funcionam como ferramentas pedagógicas para debater desigualdades de género.
Em Moçambique, 49,2% das mulheres permanecem analfabetas e mais de metade das raparigas abandona a escola antes da 5.ª classe, maioritariamente por gravidez ou casamento precoce.
Ao acolher esta ação, a Fundação FPF reforça o compromisso de promover, através do futebol, iniciativas de impacto social que defendam os direitos das crianças e a igualdade de oportunidades nos países de língua portuguesa.
O “Linha da Vida” seguirá agora para escolas de Moçambique e Angola, procurando inspirar debate, reflexão e mudança nas comunidades onde as meninas mais precisam de oportunidades.

